Período Romantico

Contexto Histórico

O romantismo foi um movimento nas artes, literatura e filosofia muito motivado pelo acesso dos aristocratas ao poder, por causa a primeira revolução industrial. Esse movimento de uma forma geral coloca as emoções intensas como uma forma de estética, se opondo ao humanismo visto no período Clássico.

 

O Romantismo na música

O romantismo na música assim como nas outras formas de arte buscava emoções intensas e latentes, por isso os compositores do período buscavam uma composição mais crua, menos exata do que o observado no período Clássico. Isso era motivado principalmente por uma busca de personalidade nas peças.

Isso faz com que as regras de tonalidade do período clássico fossem substituídas por dissonâncias, cromatismo e novas modulações.

Dinâmica e métrica passam a ser subvertidas no período, com notações originais de cada autor (como fff ou ppp), além de um uso de rubato, que distorce a métrica sem uma necessidade de escrita formal na partitura, como o vigente até o romantismo.

Beethoven e Schubert

Embora Beethoven fosse um dos maiores expoentes do período clássico, suas sinfonias e algumas de suas sonatas abriram as portas para o romantismo com um grande impacto de sua emoção na composição, retirando a música do lugar sagrado e restrito em que ela ocorria durante o fim do barroco e início do clássico.

Schubert ao mesmo tempo, embora não fosse um grande expoente para os contemporâneos clássicos, utilizava técnicas características do período romântico em suas obras, como grande expressividade e melodias simples.

A Orquestra Romantica

Durante o Romantismo ocorre a melhoria da orquestra, que teve seus princípios durante o Classicismo. Por causa da revolução industrial, uma grande população teve acesso a música, fazendo com que as orquestras duplicassem em tamanho, tomando uma forma muito próxima ou igual à maioria das orquestras atuais, agregando a elas metais e percussão.

 

Chopin – A “Música de Bar” do século XIX

 

Possivelmente o compositor mais importante para piano do período romântico foi Chopin. Por compor basicamente para apenas um instrumento, ele estendeu técnicas e colocou o piano como um dos principais instrumentos do período, aliado a presença desse instrumento nas casas dos aristocratas. Suas composições aliam técnica às intensas emoções do momento, fazendo com que os pianistas do período tivessem diversos estudos, mazurkas, noturnos, valsas e sonatas muito características, popularizando o instrumento.

exemplo visual de disposição de instrumentos em uma orquestra romantica

 

Seus últimos trabalhos tem tendências impressionistas, fugindo de tons e melodias puras, dando os primeiros passos para o escape das técnicas de virtuosidade que inclusive ele influenciou.

Tchaikovsky – Nacionalismo e Ballets

Outro movimento aflorado na maioria dos compositores do romantismo era um sentimento ufanista em suas músicas, por causa de características pessoais das composições.

Um compositor notável por isso foi Tchaikovsky, que além disso popularizou as composições para grandes ballets, que eram uma característica nacionalista em seu país: a Rússia.  Em suas peças vemos um grande impacto das peças tradicionais russas além de uma grande popularização do uso de suas peças internacionalmente.

Liszt e Paganini – Virtuosismo da técnica

O treino vigoroso e a melhoria nas técnicas de luteria do movimento romântico foram o passo necessário para o surgimento de uma nova categoria de instrumentistas que exploraram o que era conhecido em seus instrumentos até então ao máximo. Isso em união à popularização da música deu origem aos grandes astros da época – os virtuosos.

Esses eram instrumentistas que eram exímios em aptidões técnicas, com uma destreza e agilidade que impressionaram todo o público. Embora contradizentes à alguns contemporâneos, esses instrumentistas exploraram  tudo que se conhecia como tom puro dos instrumentos populares do período. Os virtuosos mais memoráveis são Liszt e Paganini.